21 de mar. de 2012

contadores de história

boa noite para todos
em noite assim tão bonita
para quem saiu de casa
e hoje aqui nos visita
pra quem ficou em casa
meu peito tambem palpita.

com esta pequena saudação o narrador d'os ovos de militão abria o espetáculo. utilizo-me de mesma salva para tal publicação. venho anunciar que a partir de agora inicio uma série de registros que irão catalogar as ações e os espetáculos do rebanho. o levantamento desta documentação servirá ao meu mestrado (ppgac/ufba) que estuda o teatro de cordel a partir da poética das encenações do rebanho de atores.

mas comecemos com um registro novo. como bom contador de histórias, repito esta do artista de folk norte-americano, segue um video dirigido por joão vicente no qual este aqui que vos escreve toca a versão nacional para "it's all over now, baby blue", de bob dylan (cantor e compositor norte-americano), intitulada "negro amor" muito conhecida na voz de gal costa.


transcrevo em seguida o texto do video e a letra do música.


"se o que narro agora
é verdade ou não, não sei...
talvez seja um clichê romanesco
mas, nem sempre é o que se quis
devo-me declarar
a quem possa interessar
sou alam félix.
tudo começa do nada,
ou do nada é o seu revés?
o amor é intransigente
quer os dedos e os anéis
não aceita nove-e-meio
seu mínimo exige dez."
negro amor
vá, se mande, junte tudo que você puder levar
ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
seu filho feio e louco ficou só
chorando feito fogo à luz do sol
os alquimistas já estão no corredor
e não tem mais nada negro amor
a estrada é pra você e o jogo é a indecência
junte tudo que você conseguiu por coincidência
e o pintor de rua que anda só
desenha maluquice em seu lençol
sob seus pés o céu também rachou
e não tem mais nada negro amor
seus marinheiros mareados abandonam o mar
seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
seu namorado já vai dando o fora
levando os cobertores? e agora?
até o tapete sem você voou
e não tem mais nada negro amor
as pedras do caminho deixe para trás
esqueça os mortos que não levantam mais
o vagabundo esmola pela rua
vestindo a mesma roupa que foi sua
risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
e não tem mais nada negro amor
e não tem mais nada negro amor
e não tem mais nada negro amor
e não tem mais nada negro amor.

fiquem com meu boa noite, minhas graças e vida longa a todos...